e|---------------------------------------
B|-2-2-2-2/5-5-5-5--0-0-0--3-3-3---------
G#|-1-1-1-1/5-5-5-5--0-0-0--3-3-3--------- (1)
e|---------------------------------------
B|---------------------------------------
e|-2-2-2-2-2-0-2-0-----------------------
B|-3-3-3-3-3-2-3-2-2-2-2-2/5-5-5-4-4-----
G#|-----------------1-1-1-1/5-5-5-3-3----- (2)
e|---------------------------------------
B|---------------------------------------
e|---------------------------------------
B|-4/5-4-4-0---------0-0-----------------
G#|-3/5-3-3-0-1-0-0-0-0-0-1-0------------- (3)
e|-----------2-0-0-0-----2-0-2-0---------
B|---------------------------3-2---------
e|--------------------------------0------
B|--------------------------------2------
G#|--------------------------------1------ (4)
e|-2/4-4-4-4-2-0-0—-2-2-2-0-0-0---0------
B|-3/5-5-5-5-3-2-0--3-3-3-2-2-0---2------
e|---------------------------------------
B|--------------------------2-2-2--------
G#|-------0--------------0---1-1-1-------- (5)
e|-2-2-2-0-2-0-2—---2-2-0-2--------------
B|-3-3-3---3-2-3—---3-3------------------
e|---------------------------------------
B|-2-------------------------------------
G#|-1-3-1--------------------------------- (6)
e|---4-2-3-2-2-2---(D)-(E)-(A)-(E)-------
B|-------5-3-3-3-------------------------
(1) Sou filho do interior do grande estado mineiro.
(2) Fui um herói sem medalha na profissão de carreiro
(3) Puxando tora do mato com doze boi pantaneiro
(4) Eu ajudei desbravar nosso sertão brasileiro
(5) Sem vaidade eu confesso, no nosso imenso progresso
(6) Eu fui um dos pioneiro.
(1) Veja como o destino muda a vida de um homem.
(2) Uma doença malvada minha boiada consome
(3) só ficou um boi mestiço que chamava lobisomem
(4) Por ser preto igual carvão foi que eu pus esse nome
(5) Em pouco tempo depois eu vendi aquele boi
(6) Pros filho não passar fome
(1) Aborrecido com a sorte dali resolvi mudar
(2) E numa cidade grande com a família fui morar
(3) Por eu ser analfabeto tive que me sujeitar
(4) Trabalhar num matadouro para o pão poder ganhar
(5) Como eu era um homem forte, moqueava gado de corte
(6) Pros companheiro sangrar.
(1) Veja bem a nossa vida como muda de repente
(2) Eu que às vezes chorava quando um boi ficava doente
(3) Ali eu era obrigado matar a reis inocente
(4) Mas certo dia o destino me transformou novamente
(5) O boi da cor de carvão, pra morrer na minhas mãos
(6) Estava na minha frente
(1) Quando eu vi meu boi carreiro não contive a emoção
(2) Meus olhos encheram d’água e o pranto caiu no chão
(3) O boi me reconheceu e lambeu a minha mão
(4) Sem poder salvar a vida do boi de estimação
(5) Pedi a conta e fui embora, desisti na mesma hora
(6) Dessa ingrata profissão.